sexta-feira, 20 de maio de 2011

Compulsão Sexual

    O desejo fazer sexo constantemente é um transtorno que afeta muitos homens e também algumas mulheres. Mas preste atenção, uma pessoa que tem desejo sexual elevado não significa necessariamente que ela seja viciada em sexo. A diferença é, principalmente; a compulsão sexual é a ausência de controle sobre o impulso sexual. Diante da forte erupção do desejo, vindo de um pensamento ou um estímulo físico interno ou externo, não há controle. A necessidade do ato sexual em si ou a masturbação é urgente, independente de onde a pessoa estiver, ou o que estiver fazendo. Assim, fica impossível manter um relacionamento sério com outrem, pois há as pressões constantes por sexo por todos os lados, o que, com certeza, levará a pessoa a infidelidades e talvez até ao contágio de doenças sexualmente transmissíveis. As relações de trabalho e até as amizades ficam muito debilitadas.
    As causas da compulsão sexual são variadas. Os principais motivos são: abusos sexuais acontecidos na infância, hiperestimulação sexual precoce, necessidade/pressão de/para demonstrar capacidade de atração ou rendimento sexual, baixa auto-estima, distúrbios psicológicos/humor, uso frequente de drogas, alterações neurológicas e neuroquímicas, estresse, entre outros.
    O tratamento psicoterapêutico é eficaz para aqueles que já aceitam a idéia de que estão com dificuldades, que sozinhos dificilmente conseguirão resolver esse problema. Mas é bóm acrescentar-lhe outras terapias de apoio como acompanhamento psiquiátrico e uso de psicofármacos prescritos por ele, redes de contenção, grupos de auto-ajuda, psicoterapia de casal e de família, etc. A situação se complica quando a pessoa não consegue enxergar, ou admitir, que tem um problema e que precisa de tratamento. Nesses casos não haverá tratamento que trará grandes resultados, o ideal é que a pessoa tenha consciência de seu transtorno, e também, que seus familiares/amigos estão de seu lado. Para isso um psicólogo é indicado.
    Este transtorno não é uma escolha, mas sim uma doença. A princípio, pode-se ter a sensação de que são pessoas com uma vida prazerosa, preocupadas apenas com a vida sexual. Mas não é isso. A experiência sexual é vazia e dolorosa, principalmente ao seu final e o sofrimento gerado pelas consequências desse descontrole é muito intenso.

 

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