quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Violência Doméstica

    A violência doméstica, infelizmente, é um problema que atinge principalmente muitas mulheres, adolescentes e até crianças. Porém é um problema que pode acometer ambos os sexos e não costuma obedecer nenhum nível social, econômico, religioso ou cultural específico.
    Sua importância é relevante sob dois aspectos; primeiro, devido ao sofrimento indescritível que imputa às suas vítimas, muitas vezes silenciosas e, em segundo, porque, comprovadamente, a violência doméstica, incluindo aí a Negligência Precoce e o Abuso Sexual, podem impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima. Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico. A Unicef estima que, diariamente, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. Os acidentes e as violências domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País. 
    A vítima de Violência Doméstica, geralmente, tem pouca auto-estima e se encontra atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou financeira. O agressor geralmente acusa a vítima de ser responsável pela agressão, a qual acaba sofrendo uma grande culpa e vergonha. A vítima também se sente violada e traída, já que o agressor promete, depois do ato agressor, que nunca mais vai repetir este tipo de comportamento, porém acaba sempre por repetí-lo, cada vez com maior intensidade e frequência. 
     O abuso do álcool é um forte agravante da violência doméstica física. A Embriaguez Patológica é um estado onde a pessoa que bebe torna-se extremamente agressiva. Nesse caso, além das dificuldades práticas de coibir a violência, geralmente por omissão das autoridades, ou porque o agressor quando não bebe "é excelente pessoa", segundo as próprias esposas, ou porque é o esteio da família e se for detido todos passarão necessidade, a situação vai persistindo. 
      Mesmo reconhecendo as terríveis dificuldades práticas, as vítimas de violência física podem ter alguma parcela de culpa quando o fato se repete a partir da 3ª vez. Na primeira fica a desculpa de que não sabia que ele(a) era agressivo, a segunda, afirma que aconteceu porque deu uma chance ao companheiro(a) de corrigir-se mas, numa terceira, é inadimissível, é imprescindível o registro de um B.O. (alías, desde a primeira, já o é). Por mais complicada que pareça ser a situação que incorrerá, a vítima deve fazer a denúncia, tomar uma providência pode parecer difícil, a princípio, porém nada vale a nossa dignidade.   

                                                                                 Baseado em dados do portal PsiqWeb 

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