quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Dicas de como voltar ao mercado afetivo após o fim de uma longa relação
Após um longo relacionamento vem a separação. Alguns sentem um alívio, outros ficam mal por não ser esta a sua opção. Existem ainda os que entram em depressão e os que caem na noite. Seja qual for o caso, é hora de dar a volta por cima, sem a cobrança de começar um novo relacionamento, apenas dar um pouco de leveza à situação.
Para o terapeuta e escritor Sergio Savian, de São Paulo, é o momento de aproveitar para trabalhar o autoconhecimento. "Assim a pessoa desenvolve mecanismos para enfrentar melhor as perdas. É um voto de compromisso com o bem-estar, que permite que a vida continue adiante", disse ele, que oferece eventos com temas específicos, como autoestima, autoconfiança, linguagem corporal, linguagem verbal, arte da sedução, entre outros. "São oportunidades para fazer contatos e ganhar novas amizades ou quem sabe até um novo amor."
Nesse momento, outro comportamento bastante comum é a pessoa se dar conta que tem mais tempo para ela. E aí percebe que precisa melhorar o visual e a silhueta, além de sair para se divertir. "Uma mudança radical na vida, como uma separação, é o principal motivo da procura pelos serviços de personal stylist", afirmou a consultora Ana Pasternak. Segundo ela, como tudo está mudando internamente, a pessoa tem vontade de mudar também externamente para se sentir melhor. "É preciso traçar um novo caso de amor, mas agora com o espelho."
O aumento da autoestima passa também pelos novos relacionamentos. Quando se separou do marido, aos 28 anos, após oito anos de casamento, a jornalista Renata Rode, 33 anos, de São Paulo, "voltou ao mercado". "As pessoas vão para a balada para não ficar chorando em casa e também massagear o ego. Você quer provar que consegue atrair outras pessoas", disse. Segundo ela, é uma forma de se distrair, se divertir e virar a página, sim.
Isso não quer dizer que a pessoa não fique perdida no começo ou se sinta um "peixe fora d'água" quando sai à noite após um longo relacionamento. Isso porque não está mais acostumada a beber, a paquerar, a se vestir de acordo com a moda, a conversar sobre assuntos atuais. "Não encontrei literatura que me ajudasse a saber o que ia acontecer comigo a partir desse momento de ruptura", afirmou Renata, que acabou escrevendo um livro, Separado e Daí? (Parêntese Editora, 160 páginas, R$ 29), no qual conta diversas histórias de mulheres e homens que voltaram para o mercado, inclusive ela. "Falo que sou seminova, único dono e com baixa quilometragem", brinca ela, já que se casou com o primeiro namorado.
Três fases
Em suas andanças pós-separação, Renata Rodes detectou três fases. Na primeira, o recém-separado nunca fala não. Sai muito, conhece pessoas, beija e se diverte. "Massageia o ego com novas oportunidades e pretendentes." Na segunda, esse processo é crescente. "Você tem quem quiser, mas não tem ninguém. Então começa a selecionar os lugares, os amigos e os pretendentes." Na terceira e última fase, descobre que não precisa de ninguém para ser feliz. "O outro tem de ser o planeta do seu universo e não o seu universo", disse.
Após mais de dois anos de separação, ela garante que já passou da terceira fase. "Quando parei de procurar alguém, encontrei. Hoje estou noiva", afirmou Renata, que recentemente contou sua experiência numa entrevista ao Programa do Jô, da TV Globo.
Dicas
Não tem outro jeito. Após a separação, é preciso atualizar-se. "Aliás, é uma ótima oportunidade para você fazer uma reciclagem de ideias, de atitude, de roupas, de visual. Talvez você precise tirar alguns quilos, prestar mais atenção ao seu corpo", afirmou Sergio Savian.
Segundo a consultora Ana Pasternak, a maioria das mulheres muda o cabelo - corte ou cor, ou os dois juntos. Algumas fazem tratamentos estéticos e até plásticas. "Mas o importante é procurar o que há de bom em você, e todo mundo tem pontos positivos. Por exemplo, as mulheres com mais idade geralmente têm colo e ombros ótimos", disse.
A partir disso, escolha roupas que a valorizem. Isso não significa colocar aquela microssaia da filha de 15 anos porque suas pernas são bonitas. "Não é preciso sair à noite como uma 'vamp' para chamar a atenção. Há limites. A elegância passa pelo confortável: o comprimento tem limite, assim como o decote, o justo e o salto", afirmou a consultora.
Depois, ela recomenda tirar tudo do armário e rever o jeito que se veste. "Agora é outro momento e é preciso se reciclar." E, muitas vezes, nem é preciso comprar tudo novo; pode-se aproveitar o que se tem com novos jeitos de usar. "Enfim, é a hora de voltar o amor para você para depois para o outro", disse a consultora.
Fonte: Portal Terra
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