A rejeição é uma emoção passível a todos, é uma dor constante e dependendo da intensidade por ser insustentável. É uma dor que não passa, se você está em pé ela dói, deitado ela dói, andando ela dói, independente, ela segue-te a todo instante.
O que foi descoberto é que a dor da rejeição não é apenas uma figura de expressão ou de linguagem, mas sim, uma dor real, tão quanto a dor física. O cérebro, simplesmente, não distingue a dor física da dor emocional. As experiências de rejeição social ativam as mesmas áreas no cérebro que atuam na resposta a experiências sensoriais dolorosas.
A circuitaria neural responsável pelo componente afetivo da dor física e social envolve principalmente o cíngulo dorsal anterior e a ínsula anterior. Esta nova pesquisa destaca que há uma interrelação neural entre esses dois tipos de experiências dolorosas em áreas do cérebro, uma parte em comum que se torna ativa quando uma pessoa experimenta sensações dolorosas, físicas ou não. O córtex somatossensorial secundário e a ínsula dorsal posterior.
Deste estudo participaram 40 voluntários que haviam passado por um fim inesperado/repentino de um relacionamento amoroso nos últimos seis meses, e que disseram se sentirem rejeitados. Cada participante completou duas tarefas, uma relacionada à sensação de rejeição e outra com respostas à dor física, enquanto tinham seus cérebros examinados por ressonância magnética funcional.
Foi constatado que fortes sensações induzidas de rejeição social ativam as mesmas regiões cerebrais envolvidas com a sensação de dor física. Esses resultados levantam questões futuras interessantes, como se tratamentos para alívio da dor podem aliviar a dor emocional, bem como se traumas passados podem fazer com que as pessoas fiquem mais sensíveis a dor ou até mesmo susceptíveis à doenças, como a fibromialgia por exemplo.
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