domingo, 7 de agosto de 2011

Infertilidade Masculina

    A incapacidade de ter filhos, conhecida como infertilidade é um fantasma que assombra muitos casais. Tentativas frequentes sempre frustradas, deixam o casal frágil, e podem até abalar a relação.
    Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o problema nem sempre está com as mulheres. Os homens também podem ter problemas e disfunções.


    Estudos atuais têm demonstrado que aproximadamente 20% dos casais apresentam problemas de infertilidade. E destes, cerca de 40% dos casos se devem à fatores masculinos e estão ligados a produção dos espermatozóides. As estatísticas mostram que entre as causas conhecidas, as mais freqüentes são a varicocele (70%), processos inflamatórios (20%) e a disfunção hormonal (10%).
    E a infertilidade não necessariamente tem haver com a idade, ela não é um fator determinante para o homem deixar de poder ter filhos. A sua fertilidade é minada por outros problemas. Os principais são:
- Infecções e inflamações: Quando atingem as vesículas seminais ou a próstata - as glândulas responsáveis pela produção do líquido seminal -podem alterar as características químicas do sêmen ou possibilitar a ação direta de microorganismos sobre ele. Existe ainda o risco desses processos se alastrarem para os testículos ou para os canais que transportam os espermatozóides e o próprio líquido seminal. Seja qual for o caso, o efeito é o mesmo: infecções e inflamações afetam a mobilidade dos espermatozóides, podendo até imobiliza-los por completo. Além disso, podem obstruir os canais que conduzem os espermatozóides, impedindo sua liberação para o sistema genital feminino.
- Alterações hormonais: Predisposição genética, tumores, medicamentos - como os de controle da hipertensão - e certas doenças podem alterar o equilíbrio hormonal masculino, com reflexos diretos sobre a fertilidade. A baixa produção de testosterona, por exemplo, um dos problemas mais comuns, reduz a produção de espermatozóides e afeta sua qualidade.
- Anomalias genéticas: Podem haver anomalias nos cromossomos ou mesmo nos genes. O diagnóstico deste problema é feito através do DGP (diagnóstico genético pré-implantacional).
- Quantidade e qualidade dos espermatozóides: Diminuição da quantidade, assim como alterações da qualidade ou da forma dos espermatozóides são responsáveis por 90% dos casos de infertilidade masculina. Denomina-se oligozoospermia a contagem de espermatozóides abaixo de 20 milhões/ml de sêmen. Já a ausência de espermatozóide no sêmen é chamada de azoospermia.
- Varicocele: Trata-se da formação de varizes nas veias da região escrotal, onde estão alojados os testículos. As dilatações dessas veias prejudicam o fluxo sanguíneo local, a troca de nutrientes e levam ao acúmulo de substâncias tóxicas e ao aumento de temperatura. Esses fatores produzem oligozoospermia - a diminuição do volume de produção dos espermatozóides e de sua qualidade.
- Distúbios imunológicos: Em condições normais, os espermatozóides permanecem confinados no interior dos testículos, sem contato com a circulação sanguínea. Mas traumas, infecções ou vasectomia podem romper esse isolamento, fazendo com que o próprio organismo, por identificá-los como agentes externos, produza anticorpos para combater os espermatozóides.
- Fatores externos: O homem deve levar uma vida saudável, pois má alimentação, consumo de álcool, tabaco e stress também podem interferir com a sua fertilidade.

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