terça-feira, 26 de julho de 2011

Independência Feminina

    Quando se fala de independência, o primeiro valor que se vem à mente é do campo financeiro, mas isso é absolutamente natural. Entretanto, por trás da dependência financeira podem existir diversas outras dependências que precisam ser trabalhadas também no campo psicológico.
    Com base em complexos psicológicos comuns aos seres humanos, a sociedade se constitui tradicionalmente da figura masculina fornecedora e da feminina dependente. As mulheres há muito conquistaram o seu espaço no mercado de trabalho, mas diversas vezes ainda tendem a se postar submissas e dependentes de homens que, por sua vez, colocam o seu valor na sua habilidade para o papel de fornecedor. Mas às mulheres cabe desenvolver a sua autonomia em sentido amplo quebrando esse ciclo vicioso.
    Não há nada mais deprimente do que pedir dinheiro dando explicações que deveriam se reservar ao campo íntimo. Para ser específica, como explicar que você deseja muito um sapato que na cabeça do outro você não precisa? Daí surgem frustrações e também se constrói uma trama de extorsão e chantagem vindas da pessoa dependente. Absolutamente deplorável. Pior ainda é se o homem sente que nesse papel de fornecedor, com o controle do dinheiro (e da situação) está a garantia de sua masculinidade. É preciso buscar um caminho em que a relação dos dois seja mais equilibrada financeiramente, melhorando inclusive o relacionamento pessoal.
    No passado, as moças que saíam da dependência financeira dos pais para entrarem em uma relação de dependência com o marido. Mas hoje em dia isso ainda não é raro. Se por acaso o casamento deve esperar que o homem se estabeleça financeiramente, porque ele não pode esperar a estabilização da mulher? Claro que, se a mulher desejar desvincular-se da família para se atrelar ao homem num momento imediato, que ela não deixe para depois a continuidade de sua colocação profissional, por exemplo, continuando seus estudos, ou não deixando para trás seus projetos.
    Contudo, como dito anteriormente, não é só no campo financeiro que a mulher deve tratar sua dependência. A ela cabe desenvolver uma autoestima e uma autosuficiência que faz com que ela se baste. Que ela invista em si mesma, procurando se sentir bonita, atraente, interessante. É importante que ela tenha também uma independência afetiva.
    Calma! Isso não significa ser fria, nem anti-romântica, significa que o seu estado de espírito não dependa exclusivamente de como vai o seu relacionamento. Aliás, a busca por outras fontes de bem-estar e alegria enriquecem a relação quando esses elementos vêm completá-la com histórias para contar, opiniões diferentes, aprendizados novos. Cada pessoa tem que ser completa em si mesmo e buscar no outro a paz de espírito, o companheirismo e o amor desapegado. Amar, definitivamente, não é exercer poder sobre o outro, não é controlá-lo, nem ter ciúme. O amor conjugal é uma troca de boas energias que devem se enriquecer mais que na amizade pela cumplicidade e intimidade entre o casal.

 
                                                                    Fonte: Site Dona Giraffas

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