O término de qualquer relacionamento é sempre difícil, o sofrimento independe do tipo de laços ou vínculos mantidos entre os seus integrantes. E falando de relacionamento afetivo entre casais, não poderia ser diferente, muito pelo contrário, costuma ser mais sofrido que qualquer outro tipo. Independente de quem terminou, de quem ama ou de quem não ama mais, o fato é que a grande maioria das pessoas têm dificuldade de tomar a iniciativa de terminar um relacionamento, muitos terminam por telefone ou msn, ou até simplesmente não terminam, ficam esperando que o outro tome uma atitude.
E por que alguém falaria “eu te amo muito” na véspera do abandono? É complicado de entender, mas pode ser que o amor ainda exista, só que de uma forma diferente, ou seja, o amor pode ter virado amizade e o carinho ainda possa existir. O fato é que quando se finda uma relação não existe um bonzinho sofredor abandonado e um vilão perverso, como costuma ser representado nas novelas. Existe duas pessoas que não se amam mais ou uma pessoa que não ama mais a outra, e que só quer ficar livre daquela situação. Isso não significa que quem sofre mais ama mais e quem sofre menos ama menos, cada um tem uma reação.
Da mesma forma que algumas pessoas têm maior dificuldade de terminar um relacionamento, algumas têm mais dificuldade de lidar com esse fim. Aí vem aquelas reações normais a qualquer situação de término e perda. A princípio tomamos um choque muito grande, ficamos estarrecidos, seguido de uma negação instintiva, simplesmente não aceitamos. Quando começamos a raciocinar vem a iram, acusando o outro e colocando a culpa da nossa infelicidade nele. Após vem a barganha, começamos a negociar, usamos todos os argumentos e fazemos todas as promessas, mesmo as que nunca conseguiremos cumprir. Devido a barganha fracassada vem a depressão e por fim a aceitação quando retomamos nossa vida e temos consciência que de é preciso seguir em frente.
Se relacionar afetivamente é normal, comum e saudável, faz parte da vida. E muitas vezes separações são inevitáveis, devido a uma série de fatores. Estas situações são tão comuns e ao mesmo tempo tão complicadas de se resolver, que não temos uma fórmula mágica ou um passo a passo. O melhor mesmo é sentar, refletir, ponderar e decidir. Se optar pela separação, faça-a da forma mais sensata e digna que conseguir e bola pra frente!
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